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Seva

Yoga

O QUE SIGNIFICA YOGA

A palavra yoga tem sua origem no sânscrito, língua antiga da Índia, e sua raiz é “yuj”, que significa “unir” ou “integrar”. O yoga traz a ideia de união e reintegração do corpo com a mente, levando ao equilíbrio do ser, e também a forma através da qual se pode atingir o estado mais elevado da existência, procurando nos unir com algo que nos supera.

O caminho seguido pela maioria dos praticantes no Ocidente é o Hatha Yoga, que compreende principalmente Asanas (posturas e movimentos corporais) e Pranayama (exercícios respiratórios).

Para aqueles que almejam desenvolver a espiritualidade, o yoga oferece um caminho milenar para se conectar com algo maior do que nós.   No fundo, a união do yoga é a união do princípio individual do eu pequeno ou a alma espiritual, com o princípio universal do Eu Maior. Esse Eu Maior tem diversos nomes: consciência pura, amor incondicional, Deus, etc. Portanto, a prática de yoga une corpo, mente e espírito.

OS QUATRO CAMINHOS DO YOGA

Na Bhagavad Gita, Krishna explica a Arjuna seu papel e responsabilidades, e ele descreve os quatro caminhos yogis diferentes (margas) e elabora muitas filosofias hindus/ vedânticas. Através dos 18 capítulos do Bhagavad Gita, Krishna explica muito sobre dharma, dúvida e medo, ação correta, moral, busca da verdade e do Divino.

Todos os quatro caminhos yogis lidam com problemas da mente (citta) e remontam às preocupações com o Ser. O que aprendemos com os diferentes caminhos é que o yoga é, em última análise, superar os obstáculos da mente e aprender a experimentar a verdadeira natureza de cada um. Krishna explica como, como humanos, estamos constantemente presos a falsas crenças e identidades, mas que são apenas temporárias e não contam a história completa sobre quem realmente somos.

Os quatro caminhos yogis incluem: Karma yoga (yoga da ação), Jnana yoga (yoga do intelecto e da mente), Raja yoga (yoga do controle físico e mental) e Bhakti yoga (yoga da devoção).

Todos os ensinamentos dos quatro caminhos nos trazem de volta ao Divino. Isso os torna semelhantes a outros textos religiosos, pois explicam como o corpo humano é impermanente, o sofrimento na vida é inevitável e é crucial escapar do erro para se libertar do ciclo de renascimento. Eles são diferentes em termos do que eles exigem e nos ensinam, mas eles têm o mesmo propósito fundamental de nos ajudar a conhecer a Verdade suprema e nos aproximar do Infinito, ou Alma Suprema (Purusha).

Karma yoga

É o caminho que coloca o indivíduo a serviço de tudo e de todos que precisam, sem esperar nada em troca.

Gyana Yoga

É o caminho do conhecimento e da sabedoria, obtido não apenas pela leitura e audição mas principalmente pela experiência. É indagar sua própria natureza, é perceber que na verdade não há nada que separe a pessoa do divino, e todos são também divinos.

Raja Yoga

É o caminho da disciplina e controle da mental, onde temos a liberdade e habilidade para escolher nosso estado interno, independente das condições do corpo e ambiente. Este é o caminho associado à meditação e tranquilidade interna.

Bhakti Yoga

É o caminho da devoção, do amor puro e divino. Neste caminho, vivemos o estado de entrega e de devoção total, permitindo ver o aspecto divino em tudo e em todos.

o buscar mais profundamente conhecer os fundamentos dessa filosofia, é possível encontrar grandes mestres como Patanjali, que foi responsável por reunir todo esses ensinamentos no “Yoga sutras”, possibilitando que o yoga fosse entendido de uma forma muito mais ampla e, portanto, também mais transformadora.
Segundo Patanjali existem 8 passos do yoga, e que ao se aprofundar em cada um deles, a pessoa consegue cada vez mais se encontrar com esse estado de paz e tranquilidade interna, se reconectando com seu ser, com a sua verdadeira natureza.

Os 8 passos ou Ashtanga Yoga, aos quais Patanjali se refere são:

1. Yama

Os yamas são valores éticos sociais e universais. Se adotados na rotina diária, permitem encontrar um estado de consciência virtuoso e evoluir no caminho do yoga. Os 5 yamas são: ahimsa (não violência), satya (veracidade), asteya (não roubar), brahmacharya (abstinência) e aparigraha (não acumulação).

2. Niyama

Os niyamas são práticas pessoais que cultivam um estado de purificação e entrega. Permitem um refinamento na consciência e autoconhecimento. Os 5 niyamas são: soucha (limpeza interna e externa), santosha (ser feliz e contente), tapas (penitência), swadhyaya (autoestudo) e ishvarapranidhana (rendição ao poder superior).

3. Asana

É a forma como o yoga é mais conhecido no ocidente; são as posturas corporais. Os asanas, segundo Patanjali, permitem que o indivíduo atinja um estado de contemplação, e portanto não têm efeito apenas na parte física, mas também atuam trazendo benefícios para a mente e a energia diária.

4. Pranayama

O pranayama é a chave para conectar nosso corpo à mente. Pranayamas são conhecidos como técnicas de respiração que elevam os níveis de energia vital (prana), reduzindo a atividade mental, trazendo calma e relaxamento profundo.

5. Pratyahara

Pratyahara está relacionada ao controle dos sentidos. Os sentidos estão constantemente conectados ao mundo exterior, mas no estágio de Pratyahara, o praticante de yoga traz a sua consciência para o seu mundo interior.

6. Dharana

Dharana é o estado de concentração mental, onde o praticante atinge um estado meditativo trazendo sua atenção para um único ponto.

7. Dhyana

Dhyana é um estado de meditação no qual o praticante possui consciência do seu ato de contemplação e do objeto de meditação, conseguindo manter sua mente por algum tempo no seu objeto de contemplação.

8. Samadhi

Dharana é o estado de concentração mental, onde o praticante atinge um estado meditativo trazendo sua atenção para um único ponto.